domingo, 8 de novembro de 2015

Embu das Artes

Olá pessoal, tudo bem com vocês?!

Este post é extremamente especial e único, pois, trata-se da nossa despedida... (Snif)

Pois é, o Empreendedores de Rua foi um projeto universitário do curso de Fotografia da UNIP (Campus Paulista), cujo objetivo era criar um blog semanal, que informasse e cativasse as pessoas.

E conseguimos isto, então, para fechar com chave de ouro, fomos a um lugar que resumiu toda a nossa jornada. O lugar é tão incrível que poderíamos fazer o blog inteirinho lá... Esse lugar se chama Embu das Artes e realmente faz jus ao nome.

Confesso que tínhamos tantas opções que foi muito difícil escolher apenas duas entrevistas e desde já deixamos o convite à todos que não conhecem o local. Vão lá, mas logo após o pagamento, porque, sem sombra de dúvidas é local perfeito para gastar!

Nadalina, 59, "É o amor pelo artesanato, você cria, você faz e isso faz toda a diferença" (Foto: Suênia Paula)

Gente, essa é a Nadalina, 59 anos e veio do Pantanal. Ela era pescadora e fez amizade com mulheres de uma associação de ribeirinhas que utilizavam o couro dos peixes para fazer artesanato. (Pois é, eu nem sabia que peixe tinha couro o.O)

Todos os peixes são provenientes da piscicultura (cultivo de peixes para abate) e antigamente o couro era desprezado. Nessa associação as mulheres aprenderam utilizar o couro para fazer artesanato. Um belo dia Nadalina decidiu mudar-se para São Paulo e trouxe seu trabalho para Embu das Artes. 

Ela compra a matéria prima com as ribeirinhas e desenvolve os produtos em casa. São carteiras, brincos, colares, capas para celular, carteiras e por aí vai. Ela está na feira de Embu há 6 anos e realiza o artesanato com couro de peixe há 15 anos, seu trabalho vende super bem e sua localização auxilia nas vendas, pois, trata-se de um centro turístico.

Bolsas para moeda em couro de peixe. (Foto: Suênia Paula)

Mostruário de brincos em couro de peixe. (Foto: Suênia Paula)

Cliente observa os acessórios em couro de peixe. (Foto: Suênia Paula)

Te desejamos muuuuuuito sucesso viu?!

Renato, 48, "É uma tradição, não quero que acabe, vou levar até onde eu puder". (Foto: Suênia Paula)

Renato tem 48 anos, ele produz materiais em cobre. Desde os seus 10 anos ele ajudava seu pai a fabricar e vender peças em cobre. Tudo é feito à mão, com chapa e martelo. 

Ele diz que é um dom, imagina qual material irá criar, vai moldando, produzindo e cada peça é única. Além da feira de Embu aos sábados, domingos e feriados, Renato também faz por encomenda e vive somente disso. 

Seu maior medo é que a tradição não siga em frente, já tentou ensinar ao seu filho, mas ele não demonstrou muito interesse, ele ainda completa: " É uma tradição, não quero que acabe, vou levar até onde eu puder!".


Mostruário de materiais em cobre. (Foto: Suênia Paula)

Mostruário de materiais em cobre. (Foto: Suênia Paula)

Obrigada Renato!!! Felicidades e sucesso!!!

Então gente é isso! Agradecemos à todos que nos cederam as fotos e entrevistas, aos nossos familiares pelo apoio e compreensão, ao Professor Luciano que fez a proposta de criar esse blog e sempre nos incentivou, ao nosso fiel público que proporcionou quase 900 visualizações \o/ e por último e não menos importante à Deus, que mesmo com todas as dificuldades, permitiu que continuássemos a realizar o nosso trabalho com muito amor, carinho e dedicação!

Muito obrigada pessoal, vocês são demais!

Beijos e até um dia :*



Ficha Técnica:

Entrevistas: Marli Pereira
Textos: Ranielle Lima
Fotografias: Suênia Paula


domingo, 1 de novembro de 2015

Ibirapuera

Olá pessoal!

Tudo em paz com vocês?!?! 

Sábado estava favorável aqui em Sampa, feriado prolongado, muito sol, pouco trânsito, então resolvemos respirar um pouco de ar fresco lá no Ibira.

Na Marquise tem uma feirinha artesanal que é uma graça e dentre tantas opções escolhemos duas histórias para compartilhar aqui...

#Partiu!

Mostruário de mini florestas. (Foto: Suênia Paula)

Janice, 57 e Priscila 35, são mãe e filha e se divertem muito sendo "artesãs da natureza". Através de reciclagem de materiais de vidro e cerâmica elas fazem mini florestas.

Cada uma possuí seu processo individual de criação, Priscila separa os vidros, faz a lavagem e já imagina a floresta ali dentro. Janice prefere testar várias camadas de terras e grãos até ficar do seu gosto.

Elas adaptam diversos materiais para conseguir montar as mini florestas. Chegam a ficar tanto tempo produzindo, que esquecem até de comer.

Mostruário de mini florestas. (Foto: Suênia Paula)

O projeto é tão emocional que se elas acordarem e não se sentirem bem, preferem não criar, pois, se trata de amor e boas vibrações. Quando o cliente leva as plantinhas para casa, elas transmitem bons sentimentos, por isso precisam ser feitas com muito carinho. 

Esta dupla é muito ativa. Janice é secretária num escritório de advocacia, mãe, esposa, avó e dona de casa. Priscila é bióloga trabalha em dois zoológicos particulares e é voluntária no Observatório de Aves no Instituto Butantã. (Juro que fiquei cansada só de ouvir elas contando isso tudo o.O'')

O esposo de Janice enfrenta um câncer e para realizar o tratamento, precisou parar de trabalhar. Então, num passeio no Ibirapuera, Priscila conheceu a feira e teve a ideia de começar o negócio para complementar a renda, há 3 meses elas estão na feira e tudo está dando certo. Hoje ele está bem melhor e elas são muito felizes trabalhando com o que gostam.

Janice, 57 e Priscila 35 "As artesãs da natureza". (Foto: Suênia Paula)

Pingente da menor floresta do mundo. (Foto: Suênia Paula)

Muito bacana o trabalho de vocês meninas! E se vocês quiserem conhecer o trabalho delas, podem ir até a Marquise do Ibira nos finais de semana, acessando o site ou a FanPage delas.

Muito obrigada e sucesso!!!

Mostruário de luminárias em PVC. (Foto: Suênia Paula)

Deu uma olhada na foto de cima? Show né?! Este é o trabalho do Marcelo, 43. Ele produz luminárias de PVC. 

Tudo começou quando ele era encarregado numa empresa de reciclagem. Iriam descartar 6 tubos de PVC, ele recolheu o material na intenção de fazer floreiras, fez a busca no YouTube mas só encontrou videos de como fazer luminárias. Foi testando até chegar neste resultado bonito.

Marcelo foi convidado para fazer algumas luminárias para o cenário do programa Sr. Brasil e já teve algumas peças vendidas ao Governador de SP Geraldo Alckmin, num evento que rolou no Palácio dos Bandeirantes. (Chique né quirida?!)

Já fazem 3 anos que Marcelo produz essas luminárias, ele fica aos sábados no Ibirapuera e sua esposa faz as vendas em Embu das Artes.

Como de costume, perguntamos qual a sua motivação para continuar sendo empreendedor e ele respondeu: "Sonho! Cada dia é importante, porquê te leva ao que você quer".

Lindo isso, sério!

Marcelo, 43, "Cada dia é importante, porquê te leva ao que você quer". (Foto: Suênia Paula)


Mostruário de luminárias em PVC. (Foto: Suênia Paula)

É isso aí pessoal, espero que tenham gostado. E quando estiverem sem nada para fazer estão convidados a passear na Feira da Marquise.

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E até semana que vem!!!

;D

domingo, 25 de outubro de 2015

Cerqueira César

Olá pessoal, tudo belezinha?!

Neste final de semana fomos dar um rolê no Cemitério do Araçá... mas calma, não somos góticas ou cultuamos coisas bizarras... apenas fomos olhar as obras de arte que ali estão...

Foi meio estranho (confesso) mas interessante ao mesmo tempo, pois, é um local muito bacana para fotografar...quem tiver coragem o convite está feito...

Enfim, fomos andando e vimos o óbvio amiguinhos...flores...das mais diversas cores, espécies e preços...

Mostruário de flores (Foto: Suênia Paula)

Donizetti, 59, "O trabalho vale mais do que o dinheiro". (Foto: Suênia Paula)

Donizetti, 59 anos, é dono de uma das barracas de flores mais antigas de Cerqueira César. O negócio é de família, funciona 24 horas por dia com pausa somente na noite do natal e na confraternização universal, sua equipe é formada por: esposa, filhos, sobrinhos e alguns funcionários para dar conta do revezamento.

Seu Donizetti contou para nós que nesses anos de experiência já ouviu e viu muita coisa. Uma das histórias é que um rapaz havia brigado com sua namorada, já tinha pedido desculpas, deu jóias e quando já estava desistindo, passou em frente ao box de flores. escolheu um buquê de girassóis para ela e tudo ficou lindo e maravilhoso, eles se acertaram e Zaz!

A esposa de Seu Donizetti trabalha com ele todos os dias e ainda recebe flores com frequência (bonitinho né?!)

Buquê de rosas colombianas. (Foto: Suênia Paula)

Obrigada Seu Donizetti, sucesso!!!

Edivaldo, 60, "Eu faço o que gosto". (Foto: Suênia Paula)

Seu Edivaldo, completou 60 anos no dia da entrevista (Parabéns!!!), ele sempre trabalhou com flores e começou neste local como funcionário, gostou da coisa e virou empresário.

Sua especialidade são as orquídeas a mais cara custa em torno de R$ 200,00 (duzentos fucking Dilma$ meus jovens) o.O

Nessas barracas não há desperdício, pois, até as pétalas de rosas são ensacadas e vendidas. Seu mostruário é abastecido três vezes por semana e seus picos de venda são em datas comemorativas (aniversários, dia das mães, dia dos namorados, finados etc). 

Cliente escolhendo flores. (Foto: Suênia Paula)

Lírio Stargazer. (Foto: Suênia Paula)

Obrigada Seu Edivaldo, sucesso nas vendas!!!

E é isso amiguinhos, presenteiem as pessoas ainda em vida, não deixem para o último instante (se é que vocês me entendem)

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E até semana que vem!!!

;D

domingo, 18 de outubro de 2015

Mongaguá

Galeraaa que saudade de vocês!!! 

Sério, foi difícil ficar sem postar nada durante essas duas semanas, mas precisávamos nos preparar para as provas e foi tudo muito bem, obrigada!

Este final de semana queríamos fazer algo um pouco diferente para recuperar o tempo perdido, então acordamos cedo, fizemos as malas e fomos até o litoral sul para buscar novas histórias. Confesso que esperávamos por sol, areia quentinha e água fresca, mas São Pedro estava de mal humor e nos deu chuva, vento e frio... (faz parte né?!)

Mas nós não desistimos fácil (viu Pedrão?!) fomos até Mongaguá e encontramos três pessoas super simpáticas e batalhadoras, bora lá?!


Grilo feito de palha. (Foto: Suênia Paula)

Gerson, tem 25 anos e Sirlene 43, estão juntos há 2 anos e trabalham de forma artesanal. A matéria prima deles é palha. Não, você não leu errado, é palha mesmo!

Tudo começou quando um senhor que fazia arte com palha os ensinou a trançar um grilo e uma rosa em troca de uma cachaça Corote, depois de entender como o processo funciona, foram aprimorando aquilo que aprenderam. 

Sirlene comenta que o trabalho deles é considerado "arte de rua", no qual, um passa o seu conhecimento ao outro, sempre se reciclando. Os dois vivem somente com o artesanato e o lucro varia de acordo com o movimento do dia.

Gerson comenta que quando não recebe dinheiro em troca de seu trabalho, ouve aquele famoso "Que Deus te abençoe" e Ele realmente abençoa e transforma o dia e a vida dos dois (e de nós todos). Eles recebem encomendas para decorar festas de casamento, aniversário, debutante etc.


Sirlene : "Esta é a única flor que dura pela vida inteira e mesmo morta, ela fica cada vez mais viva". (Foto: Suênia Paula)

Gerson oferecendo a rosa de palha. (Foto: Suênia Paula)

Sirlene "O que gratifica é o sorriso das pessoas". (Foto: Suênia Paula)

Gerson deu para cada uma de nós um grilo e uma rosa, e o mais incrível é que ele produz os materiais em questão de minutos! Se você ficou interessado, visite os dois em Mongaguá, eles ficam por lá às sextas, sábados e domingos e à partir de Novembro ficarão lá diariamente, aqui está o link do Face deles para quem gostou do trabalho Gerson Palha.

Obrigada pessoal, adoramos os nossos presentes :D


Simone "O sol brilha para todo mundo, não precisa passar por cima de ninguém". (Foto: Suênia Paula)

Agora iremos falar desta moça simpática que se chama Simone, ela tem 42 anos, caiçara e trabalha com o comércio há 20 anos no mesmo local, criou sua filha dentro da barraca, pois, não tinha quem cuidasse dela, atualmente a moça está com 19 anos e a ajuda divulgando seu trabalho nas redes sociais e fazendo vídeos de como utilizar seus produtos.

Por um tempo resolveu morar em São Paulo, mas não se adaptou e voltou para Mongaguá. Fazia artesanato, mas notou que este trabalho tem mais força no Nordeste, no litoral de São Paulo não vende muito, então, começou a comprar bijuterias e revendê-las em sua barraca.

Seu maior público são os paulistanos e por mais incrível que pareça, o pessoal de Mongaguá não gostam de gastar o seu dinheiro por lá, eles preferem ir até a Praia Grande para comprar os mesmos produtos. 

Simone é realmente apaixonada pelo que faz e enquanto fazíamos a entrevista, dava para ver o amor nos olhos dela, foi de arrepiar! Ela se sente bem em atender o público, que muitas vezes estão só de passagem e acabam não comprando nada, mesmo assim, Simone e sua funcionária fazem questão de atender todos muito bem e ela afirma que as pessoas gostam tanto disso que retornam para comprar mais tarde ou em outro dia.

Mostruário de turbantes. (Foto: Suênia Paula)

Mostruário de bijuterias. (Foto: Suênia Paula)

Visão geral da barraca Malagueta. (Foto: Suênia Paula)

Olha dá gosto encontrar pessoas que amam o que fazem e ainda por cima, conseguem ganhar dinheiro com isto. A paixão de Simone pelo comércio é muito inspiradora e ela faz encomendas via Facebook. Na página tem alguns videos que mostram como utilizar os acessórios e para conhecer é só clicar no link Malagueta.

Gente espero que tenham gostado de conhecer o trabalho maravilhoso dessas pessoas, tanto quanto gostamos de entrevistar...

Sem dúvidas iremos retornar lá assim que possível, mas desta vez para fazer umas comprinhas e visitar nossos novos Empreendedores de Rua.

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E até semana que vem!!!

:D

sábado, 26 de setembro de 2015

Pinheiros

Olá meus queridos, tudo tranquilo?!

Neste final de semana fomos atrás de velhas paixões... 

Mas calma, muita calma minha gente que não é nada disso que vocês estão pensando!!!

Fomos à Pinheiros mais precisamente na Feira da Praça Benedito Calixto e lá não se trata de uma feira comum, mas de uma feira de antiguidades e escolhemos a dedo duas histórias que trazem paixão no cardápio, vamos lá?!

Cliente observa o estado do vinil antes de comprar (Foto: Suênia Paula)

Este é Sérgio, tem 70 anos, apaixonado pelo bom e velho Rock 'N Roll dos anos 60, fã de Beatles e Elvis, trabalha vendendo discos de vinil há 26 anos, anteriormente trabalhou formalmente em várias empresas, mas sempre amou colecionar discos. 

Um belo dia ele decidiu unir a paixão de colecionador com as vendas, então ele chegou na feira de antiguidades com uma caixa com 20 discos para fazer um teste. No primeiro dia ele vendeu 4 discos e pensou mais ou menos assim: "Bom, quando eu conseguir trazer 10 caixas e vender 4 discos por caixa, venderei 40 discos e quando isso acontecer eu vou ver que está dando certo". E não é que deu certo mesmo?! 

Sergio planejou sua carreira como empreendedor, começou a comprar mais discos para revender, enxergando futuro no passado. Ele ainda comentou: "Quando ninguém mais queria colecionar vinis eu continuei. A paixão é primordial"

Gente ele é um fofo e se você ficou com vontade de conhecer melhor o trabalho dele pode ir à feira aos sábados, das 08h00 às 18h00 ou no site Johnny Rivers

Sergio, "A paixão é primordial" (Foto: Suênia Paula)

Exposição dos discos de vinil (Foto: Suênia Paula)

Obrigada Sergio, muito sucesso nas vendas ;D!!!

E agora vamos para a parte em que nossos olhos brilharam...e deu vontade de levar tudo embora (mesmo sem fazer ideia de onde guardar 'O.O')... só observem:

Mostruário de câmeras analógicas (Foto: Suênia Paula)

Sabe quando você passa em algum lugar, procurando algo incerto e de repente você para e diz: "Misericórdia! Para tudo que é aqui"!!!

Sim! Foi essa a nossa reação, pois, aos que acompanham o blog e não sabem, somos estudantes de fotografia e ver um "arsenal" deste calibre meus jovens, é para encher os olhos de lágrimas :')

Mostruário de câmeras analógicas (Foto: Suênia Paula)

Enfim, vamos conhecer este senhor simpático chamado Edson, que tem 57 anos e vende essas belezinhas há 25 anos.

Seu pai era taxista e Edson cresceu neste meio, logo acabou tomando gosto pelo comércio e por carros, hoje ele tem uma frota pequena de táxis. Mas como ele é muito ativo os táxis não foram suficientes. 

Com sua habilidade em fazer esculturas, ele fez a réplica da mão que fica no Memorial da América Latina. O Iguatemi apreciou seu trabalho e o chamou para fazer esculturas ao vivo. 
No mesmo local havia a venda de artefatos antigos, então ele começou a notar que aqueles objetos considerados "quinquilharias" vendiam bem e decidiu iniciar o negócio. 

Edson comentou: "As pessoas que olham para antiguidades, não olham como investimento e sim como quinquilharia. Neste mercado o que vale é a raridade das peças". Pois é e que investimento meus queridos <3.

Edson "O que vale é a raridade das peças" (Foto: Suênia Paula)

Cliente observa o mostruário de câmeras analógicas (Foto: Suênia Paula)

Muito obrigada Edson, continue sendo este visionário com itens do passado, que o seu negócio vai longe!

Gente, valeu por acompanhar o nosso blog, tem sido incrível! E devido ao nosso público ter aumentado, achamos justo dar uma satisfação antecipada à vocês. O Empreendedores de Rua, vai dar uma pausa de duas semanas, pois, como dito anteriormente somos estudantes de fotografia e estaremos em semana de provas. Mas fiquem calmos (e nos desejem sorte), que nós prometemos trazer mais novidades OK?!

Um grande beijo!

E até mais :D

domingo, 20 de setembro de 2015

Pacaembu

Hey!!! Tudo bem?!

Olha, vou te contar que o passeio desse final de semana foi delicioso (literalmente). Fomos no Pacaembu, atrás da tradicional feira livre e não poderíamos deixar de fazer algumas "gordices" e mostrar para vocês...bora lá?!

Como estava muuuuito calor do tipo 35°C com sensação térmica de 45°C fomos nos refrescar com um delicioso caldo de cana.

Estoque de cana de açúcar utilizado nos caldos (Foto: Suênia Paula)

Ficou com vontade né?! OK, chega de conversa fiada e vamos ao que interessa...

Este é Marcos, 35 anos e trabalha nesta região há 1 ano e 7 meses. Era comerciante e trabalhava anteriormente numa panificadora. A família dele veio do nordeste, estão no ramo de feirantes desde 1978 e seu pai foi um dos primeiros garapeiros de São Paulo. Marcos trabalha atualmente com a esposa e mais dois auxiliares e se mantém somente com as vendas dos caldos de cana. 

Você consegue encontrá-lo às terças, quintas e sábados no Pacaembu, o seu diferencial está no atendimento e nos diversos sabores que acompanham os caldos tais como: morango, maracujá, abacaxi, caju, limão, uva, hortelã, frutas vermelhas, gengibre, açaí e acerola. Sua motivação é a família, tem um filho de 4 anos e o incentiva a estudar, pois, a vida de comerciante é muito árdua e gostaria que o filho não dependesse do coméricio. Sua frase inspiradora é: "O Senhor é meu pastor e nada me faltará".

Marcos, 35 anos "A família é tudo" (Foto: Suênia Paula)

Marcos atendendo seu cliente (Foto: Suênia Paula)

No final da entrevista ele nos ofereceu um copo grande de caldo de cana e não é por nada não mas, estava incrivelmente delicioso! Valeu Marcos :D

Não dá para passar na feira sem comer pastel certo? Ainda mais quando esta delícia foi eleita 8 vezes como o melhor pastel de São Paulo pela revista Veja!!!

Barraca do Zé faz sucesso entre os consumidores (Foto: Suênia Paula)

Zezinho, tem 64 anos, ele é filho do Seu Zé (antigo dono da barraca). Este empreendimento está há 49 anos na feira do Pacaembu, é tradição de família e vem passando de pai para filho. Perguntamos a nacionalidade do Zezinho e ele respondeu "Sou brasileiro, católico, apostólico, romano e corintiano" (então tá né?!), ele vende em média 1200 pastéis às terças, quintas, sextas e sábados das 05h00 às 14h00, na feira do Pacaembu são 2 barracas, com o total de 12 funcionários fazendo as vendas, o processo de produção conta com 7 pessoas, além disso, faz encomendas para fora e tem 2 peruas itinerantes que rodam São Paulo no estilo "Food Truck" (haja fôlego). 

Apesar da variedade de sabores que é um dos diferenciais da barraca, os pastéis mais vendidos são os tradicionais: carne, queijo, pizza, frango e palmito. Zezinho é pura simpatia e para aguentar toda essa maratona ele afirma ter um "Coração de leão", pois é Zezinho, tem que ter coração de leão mesmo.

Não é atoa que a barraca é famosa, além da simpatia dos funcionários, o bom atendimento o sabor são totalmente excelentes!

Zezinho fritando os pastéis (Foto: Suênia Paula)

Clientes consomem os pastéis na Barraca do Zé (Foto: Suênia Paula)

Gente que delícia, sério! Adoramos fazer as entrevistas deste final de semana e agradecemos muito ao Marcos e ao Zezinho, desejamos sucesso, pois, eles merecem de verdade!

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E até semana que vem!!!

:D

domingo, 13 de setembro de 2015

Liberdade

Neste final de semana fomos passear na Liberdade em busca de novas histórias e encontramos projetos bem legais, vamos lá?!

Roberto, 42 anos, veio para o Brasil ainda criança, acompanhando seu pai que fugiu da ditadura em Santiago, Chile. No começo foi bem complicado por ele ter um espanhol muito limpo e por isto sofria bullying na escola, Roberto diz que quando se é diferente do "padrão", é o suficiente para te julgarem, porém, as professoras o adoravam e com o passar do tempo aprendeu o nosso idioma fluentemente. 

Seu avó utilizava a técnica do pantógrafo, que é baseado no Teorema de Tales e o uso do utensílio virou tradição de família. Ele está na feira da Liberdade desde 1996 e aos que preferem comodidade, a venda também é feita na internet. O pantógrafo é perfeito para quem precisa fazer ampliações, mapas, estampas em camisetas etc. 

Quando os clientes se aproximam da barraca, Roberto começa a explicar o funcionamento da ferramenta e sua habilidade comunicativa atrai adultos e crianças, "Não tenho medo de chuva, não tenho medo de vento e nem de vento com chuva, tenho medo de não vender!" comenta.

Quer saber mais? Conheça o site: Pantógrafo Legal

Roberto mostrando como utilizar o pantógrafo. (Foto: Suênia Paula)

Clientes observam o uso curioso do pantógrafo (Foto: Suênia Paula)

Ampliação de desenhos através do pantógrafo (Foto: Suênia Paula)

Gupt tem 40 anos, começou a trabalhar com prints em azulejos no começo de 2015. O processo térmico de produção leva dois dias por azulejo fabricado, produz por conta e por encomenda. Está na Liberdade há 01 mês, trabalhando aos sábados e domingos, das 10h00 às 18h00 e já tem outros 05 pontos espalhados por São Paulo. Sua localização atual tem bastante movimento e por ser muito colorida e chamativa a arte se vende sozinha. Pedimos a Gupt que falasse uma frase que o motiva e ele respondeu: "Não preciso pensar muito, é ir lá e fazer".

Gupt organizando o mostruário de azulejos (Foto:Suênia Paula)

Cliente observa o trabalho de Gupt (Foto: Suênia Paula)

Rapazes se impressionam com os azulejos (Foto: Suênia Paula)

Curtiu do trabalho de Gupt? Nós também! Deu até vontade de fazer uma parede cheia de azulejos personalizados :P 

Corre aqui no Face e confira os trabalhos dele: O Azulejo

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E até semana que vem!!!

:D

sábado, 5 de setembro de 2015

República

Você já reparou naquelas barracas hippies cheias de materiais artesanais? 
Já parou para pensar que por trás de cada tenda existe uma história? 
Não?!
Hoje fomos para a Praça da República atrás dessas histórias e descobrimos relatos incríveis e motivadores, vamos lá?!

Este é Claudio, 44 anos, veio do Pará com apenas R$ 26,00 no bolso. Ao chegar aqui foi assaltado e sem ter recursos, virou morador de rua. Passou frio e fome, mas não perdeu a sua fé, percebeu que outros moradores de rua vendiam latinhas e trocavam por dinheiro, então começou a fazer o mesmo. 
Uma parte do dinheiro ele guardava para se alimentar e com o resto comprava matéria prima para fazer o que sabia: artesanato. Como o dinheiro não era suficiente, ele revirava os contêineres de lixo em busca de mais matéria prima. Claudio foi persistente e com muito esforço conseguiu montar a sua barraca, que hoje está avaliada em R$ 14.000,00 em materiais, possuí dois apartamentos, um ele aluga e no outro mora, fatura entre R$ 100,00 à R$ 300,00 por dia! Tem a barraca legalizada pela prefeitura e começa sua jornada diária às 07h00. Usuário de maconha desde os 9 anos de idade, afirma que se não fosse por isso, não teria forças para continuar, comenta também que é muito querido na região em que trabalha. Antes de irmos embora Claudio nos deixou uma mensagem de motivação: "Os obstáculos têm que cair por terra! Fé em Deus, humildade e persistência!"

Claudio, 44 anos, "Os obstáculos têm que cair por terra! Fé em Deus, humildade e persistência!" (Foto: Suênia Paula)

Claudio finalizando a montagem de sua tenda. (Foto: Suênia Paula)

Clientes observam os produtos antes de efetuarem a compra. (Foto: Suênia Paula)

Edilene, 45 anos, veio do Mato Grosso do Sul, trabalha há 20 anos com artesanato e é legalizada para vender artesanato há 12 anos na Feirinha da República aos sábados e feriados das 09h00 às 17h00. Escolheu a área por opção, pois, nunca gostou de ser empregada de ninguém. Viajou pelo Brasil em busca de inspirações no seu trabalho, utilizando pedras, cipó, sementes e sobrevive apenas disto. Consegue ganhar por mês em média de R$ 2.000,00 e viver tranquilamente com sua família. A frase que Edilene mais repete é "É feito à mão!" e por conta disto já realizou cirurgias no túnel do carpo duas vezes, porém, isto não é motivo para desistir e mesmo se recuperando da recente cirurgia, ela continua trabalhando normalmente.

Edilene, 45 anos, viajou pelo Brasil buscando inspirações para o seu trabalho. (Foto: Suênia Paula)

 Cliente escolhendo os produtos. (Foto: Suênia Paula)

Edilene finalizando a compra de sua cliente. (Foto: Suênia Paula)

Motivador não é mesmo? Muito obrigada ao Claudio e a Edilene que nos presentearam na tarde de hoje com seus relatos!!!

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E até semana que vem!!!

:D